
É um transtorno comum em crianças e adolescentes caracterizado por ansiedade excessiva em relação ao afastamento dos pais ou seus substitutos, causando sofrimento intenso e prejuízos significativos em diferentes áreas da vida da criança ou adolescente.
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Quando elas estão sozinhas, temem que algo possa acontecer a si mesmo ou aos seus cuidadores, tais como acidentes, sequestro, assaltos ou doenças, que os afastem definitivamente destes.
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Como consequência, demonstram um comportamento de apego excessivo, não permitindo o afastamento destes. Para dormir, por exemplo, necessitam de companhia e resistem ao sono, que vivenciam como separação.
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Com frequência referem pesadelos que versam sobre seus temores de separação. A recusa escolar também é comum, podem apresentar intenso sofrimento quanto necessitam afastar-se de casa.
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Quando a criança percebe que seus pais vão se ausentar ou quando o afastamento ocorre, podem ocorrer manifestações somáticas de ansiedade, tais como dor abdominal, dor de cabeça, náusea e vômitos.
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Adolescentes podem manifestar sintomas cardiovasculares como palpitações, tontura e sensação de desmaio.
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Esses sintomas prejudicam a autonomia da criança, restringem a sua vida de relação e seus interesses, ocasionando um grande estresse pessoal e familiar.
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Sentem-se humilhadas e medrosas, resultando em baixa autoestima e podendo evoluir para um transtorno do humor deprimido.
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As intervenções familiares objetivam conscientizar a família sobre o transtorno, auxiliá-los a aumentar a autonomia e a competência da criança e reforçar suas conquistas.
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