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Saúde Emocional da Família nos Tempos Atuais - Aspectos que têm afetado o humor infantil

No contexto da pandemia, as crianças estão lidando com situações de estresse. A mudança repentina de rotina, a restrição do espaço para brincar, a falta do convívio social mais a tensão relativa às incertezas do momento, são alguns dos aspectos que tem afetado o humor infantil.


O estresse é a causa de algumas alterações nas crianças. A família precisa ter um olhar atento e cuidadoso para lidar com essa situação. As crianças sofrem alterações psicológicas, mas as manifestam de forma muito sutil. Podem ficar apáticas, perder a vontade de brincar, de comer e parar de interagir com a família quando estão tristes e deprimidas.


Em algumas crianças, muitas vezes, a tristeza e a depressão não são facilmente identificadas, uma vez que os sintomas diferem dos apresentados pelos adultos, pois manifestam-se de forma indireta, através de alguns sinais como o transtorno de déficit de atenção e hiperatividade, distúrbios do sono e baixo rendimento escolar.


Cabe destacar que algumas crianças com depressão podem manifestar outros sintomas: mudança súbita no comportamento disciplinar, ansiedade, medos, irritabilidade, agressividade, baixa autoestima, problemas recorrentes de saúde, exposição a fatores de risco, autoagressividade, distúrbios alimentares e atraso na linguagem.


O suporte familiar é um fator relevante para superação desses estados. É necessário criar um ambiente acolhedor. Quanto menos a criança é acolhida e amparada por sua família, maior é a possibilidade de apresentar alterações psicológicas.


Atitudes de acolhimento para a criança


Crianças podem ter dificuldade para compreender e expressar os seus sentimentos e por isso podem se manter mais distantes, chorando pelas coisas mais simples. É importante que os pais desenvolvam uma aproximação, buscando confortá-las e incentivá-las para o diálogo e manifestação das suas emoções.


As crianças sentem-se mais confortáveis para expressar suas emoções em momentos descontraídos. A brincadeira é uma das melhores formas de se aproximar das crianças, pois propicia a espontaneidade, fortalecendo o vínculo. Além disso, a brincadeira é para todas as idades. A interação com os filhos permite aos pais o fortalecimento dos laços afetivos.


Ao brincar a criança interage favorecendo o convívio positivo com a família. Ela aprende regras, se adapta a situações de problemas e encontra as melhores soluções. A brincadeira estimula a curiosidade e a imaginação da criança e, por isso, não precisa ser sofisticada, apenas desafiadora e atraente. Brinquedos e jogos como jogo da memória, quebra-cabeça, dama, dominó e jogos de tabuleiro, podem trabalhar capacidades da criança e ajudá-la no desenvolvimento cognitivo.


Durante a pandemia a família vem lidando com questões bem complexas relativas à incerteza do momento, que gera estados deprimidos, de ansiedade ou de estresse. A melhor maneira de evitar que as crianças se sintam estressadas, ainda que a família enfrente alguma situação difícil, é identificar o estresse familiar e realizar o autocuidado.


Para isso é importante manter na rotina da família atividades que baixam o estresse e aumentam a produção de endorfina: atividades físicas tais como: academia, caminhada, andar de bicicleta, dançar, praticar pilates, yoga e surf entre outras. Assistir filmes com cenas divertidas ou espetáculos de comédia é uma forma de estimular o riso, que pode gerar bem estar.



Pausa para Meditação


Para aliviar os sintomas do estresse, vale recorrer ao exercício “Pausa para Meditação”, excelente aliado do bem estar. Realizado ao longo do dia, esse exercício ajuda a manter uma postura compassiva e atenta diante das circunstâncias da vida.


- Agora, mantendo a coluna ereta, fechando os olhos, deixando as mãos espalmadas sobre as coxas. Em seguida deixando a respiração fluir normalmente, inspirando pelo nariz e expirando pela boca, consciente do processo de respiração.


- Agora, tomando consciência de sua experiência interior: pensamentos, emoções e sensações físicas presentes, reconhecendo-os sem resistência.


- Agora, conduzindo a atenção somente para o processo de respiração na região do abdome, que expande quando o ar entra e se contrai quando o ar sai. Usando a respiração para manter a atenção ancorada no presente e, se a mente divagar, trazendo-a de volta à respiração.


- Agora, expandindo a consciência da respiração, incluindo o corpo inteiro, como se todo ele estivesse respirando. Percebendo alguma tensão no corpo, trazer o foco de atenção para essas sensações desconfortáveis, envolvendo-as e diluindo-as com a respiração.


- Agora, voltando a atenção para o corpo em meditação, percebendo-se momento a momento e finalizando esse exercício abrindo os olhos bem devagar.



Gina M. G. Sommerfeld

Psicologia Clínica - CRP: 05/32130

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