Como a atenção plena transforma o cérebro e a vida
- Espaço Psiquismo
- 26 de mar.
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Nos últimos anos, a prática da atenção plena — também conhecida como mindfulness — tem ganhado cada vez mais espaço, não apenas em contextos científicos e clínicos. Seu impacto positivo vem sendo amplamente reconhecido por profissionais da saúde e por pesquisadores que buscam compreender como essa prática influencia o funcionamento do corpo e da mente.
Jon Kabat-Zinn, médico e professor da Universidade de Massachusetts, foi um dos pioneiros ao integrar práticas contemplativas orientais ao cenário médico ocidental. Criador do programa MBSR (Redução do Estresse Baseada em Mindfulness), Kabat-Zinn define a atenção plena como “a consciência que surge ao prestar atenção de propósito, no momento presente e sem julgamentos”.
A partir de suas pesquisas, muitos estudiosos passaram a investigar os efeitos da atenção plena sobre o cérebro e o corpo. Entre eles está Max Wallis, um dos grandes defensores da conexão entre meditação e neurociência. Ele destaca como a prática atua diretamente na remodelação das redes neurais, promovendo bem-estar emocional e equilíbrio mental.
Neste contexto, a neurociência tem revelado descobertas impressionantes sobre os efeitos da atenção plena no cérebro. Abaixo, exploramos 6 transformações comprovadas que explicam por que a atenção plena tem o poder de transformar não só nossa mente, mas também nossa forma de viver:
1. Redução da Atividade da Amígdala (Menos Reatividade Emocional)
A amígdala é uma estrutura cerebral associada ao medo e ao estresse. A prática regular de mindfulness reduz sua ativação, o que significa menos reatividade emocional e mais equilíbrio diante de situações desafiadoras.
2. Fortalecimento do Córtex Pré-Frontal (Mais Foco e Tomada de Decisão)
O córtex pré-frontal, responsável por funções como concentração, planejamento e autorregulação, é positivamente impactado pela atenção plena. Com o tempo, essa região cerebral apresenta maior espessura e atividade, resultando em foco aprimorado, melhor memória de trabalho e maior clareza mental.
3. Aumento da Conectividade entre Cérebro Racional e Emocional
A prática de atenção plena favorece a comunicação entre o córtex pré-frontal e o sistema límbico (onde se localiza a amígdala), promovendo uma regulação emocional mais eficaz e decisões menos impulsivas e mais conscientes.
4. Redução do "Modo Padrão" do Cérebro (Menos Ruminação)
A atenção plena reduz a atividade da chamada Rede de Modo Padrão (Default Mode Network – DMN), que costuma ser ativada quando estamos no piloto automático ou presos em ciclos de pensamento repetitivo. Essa redução ajuda a diminuir a ansiedade, a ruminação e o estresse mental.
5. Mudanças Epigenéticas (Efeitos a Longo Prazo)
Pesquisas indicam que a atenção plena pode influenciar a expressão de genes ligados à inflamação, ao sistema imunológico e ao envelhecimento celular. Essas mudanças epigenéticas sugerem benefícios duradouros para a saúde física e mental.
6. Aumento da Neuroplasticidade (Capacidade de Mudança)
Ao estimular a neuroplasticidade — ou seja, a capacidade do cérebro de se reorganizar e formar novas conexões —, a atenção plena facilita o desenvolvimento de padrões mentais mais saudáveis, promovendo resiliência emocional e adaptação positiva às mudanças da vida.
Gina M. G. Sommerfeld
Psicologia Clínica e Saúde Psicossomática
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