O uso excessivo de telas em crianças e adolescentes pode ter consequências educacionais e psicológicas significativas. Do ponto de vista educacional, a exposição prolongada a dispositivos digitais pode dificultar a concentração e a atenção, especialmente em tarefas que exigem mais tempo e esforço, como a leitura ou os estudos. O desempenho acadêmico também pode ser prejudicado, já que o tempo dedicado aos estudos diminui, e a qualidade do sono, essencial para a consolidação do aprendizado, é afetada.
Além disso, o uso excessivo de telas reduz o tempo para atividades criativas, como brincar ao ar livre, desenhar ou interagir socialmente, o que limita o desenvolvimento de habilidades cognitivas e sociais. Há ainda um impacto negativo na escrita e na leitura, uma vez que o uso frequente de abreviações em mensagens e a leitura digital superficial podem prejudicar a habilidade de escrever corretamente e compreender textos mais complexos.
No campo psicológico, o uso constante de dispositivos eletrônicos, especialmente antes de dormir, está associado a problemas de sono, como insônia e baixa qualidade de sono, o que afeta tanto o desenvolvimento emocional quanto cognitivo. O tempo prolongado nas redes sociais também tem sido ligado a um aumento da ansiedade e depressão, devido à pressão por popularidade, comparações sociais e, em muitos casos, bullying digital, afetando negativamente a autoimagem dos adolescentes.
A socialização também pode ser prejudicada, pois o tempo excessivo nas telas reduz as oportunidades de desenvolver habilidades interpessoais, como empatia e resolução de conflitos, dificultando a manutenção de relações saudáveis. O uso prolongado pode ainda levar à dependência digital, manifestada pela necessidade constante de estar conectado e pela irritabilidade quando há restrições de uso. Além disso, o excesso de interações virtuais pode causar isolamento social, uma vez que a conexão online substitui as interações presenciais, gerando solidão e distanciamento emocional.
Para mitigar esses efeitos, algumas estratégias podem ser adotadas:
Estabelecer Limites de Tempo: Defina um limite diário de uso de telas adequado à idade da criança, equilibrando o tempo de exposição com outras atividades.
Promover Atividades Físicas: Incentive brincadeiras ao ar livre, atividades esportivas e a interação social presencial, ajudando a equilibrar o uso de tecnologia.
Monitorar Conteúdos: Supervisionar o tipo de conteúdo acessado pelas crianças e incentivar o uso de plataformas educacionais que promovam o aprendizado.
Incluir Pausas Regulares: Insista em pausas frequentes durante o uso de telas para evitar o cansaço mental e ocular, promovendo um uso mais saudável e equilibrado.
Modelagem Positiva: Os pais e responsáveis podem dar o exemplo limitando seu próprio tempo de tela e promovendo momentos sem tecnologia em família, como leituras conjuntas ou atividades ao ar livre.
Ao adotar essas práticas, é possível promover um uso mais equilibrado e consciente da tecnologia, preservando o desenvolvimento educacional e emocional das crianças e adolescentes.
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Espaço Psiquismo Saúde e Desenvolvimento Humano
Gina M. G. Sommerfeld - Coordenação Equipe Multidisciplinar
📍 Espaço Psiquismo | Niterói, RJ
📲 (21)99212-4985
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